quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tempo, tempo


I

O cheiro de mato;
o peso da água;
o leve do vento.
O mato levando no cheiro
o doce mexer do vento
que a água me devolve,
cobrando o que não sei:
onde e quando foi
que eu errei.

II

Por toda parte o sol nasce e esparrama sua luz verdadeira.
Por toda parte o sol mente, escondendo seu escuro nascimento.

III

Eu,
de mim,
assinalo o que não vejo.
E me faço facilmente ininteligível.



12 comentários:

  1. Precioso seu grande poema, reflexivo e maravilhoso. Um abrazo.

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    1. Carolina, excusame. No puedo estar de acuerdo, pero muchas gracias por tu generosidad.
      Un abrazo.
      Gilson.

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    1. Quanto me honra, lendo! Alegro-me por ter gostado deste humilde espaço.
      Obrigado pela visita. Volte sempre.
      Abraço.
      Gilson.

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  3. Imagens primitivas e primordiais importantes. Adorei!

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    1. Flávia, que bom que veio, que comentou...
      É com o que sonho: profundidade, imagens matriciais que, no fundo, a gente sabe, são elementares.
      Obrigado.
      Abraço.

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  4. Eis o motivo de ser poeta, escrever o não dito da prosa. Um abraço, Yayá.

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    1. Yeah, Yayá!
      Obrigado pela visita e pelo belo comentário.
      Um abraço.
      Gilson.

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  5. Post que você nos deixou saudações de grande ...   Texto do resumo e reflexão.

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    1. Gracias, José Ramós, por tu visita e comentario. Yo voy temprano conocer a tu blog.
      Saludos.
      Gilson.

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  6. Gilson, he leído tu poema en portugués y me ha emocionado mucho. Después lo he traducido pero era innecesario. Tus versos llegan nítidos.
    Una honda reflexión desde la naturaleza.
    Feliz de acudir a tu espacio
    Abraços

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  7. Felicidad, me ha honrado com tus palabras. Asi me motivas, me pones a creer. Mucho gusta mucha tu visita y comentario. Todo es motivo de honra y um poco de felicidad me ha traído.
    Ggracias, Felicidad.
    Abrazos.
    Saludos.
    Gilson.

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