Tarcísio Meira interpretou O Hermógenes na TV Globo (1985) |
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Hermógenes. Outro nome dele podia ser “Faca-Fria”, mas esse era outro. Único de
todos já nascido “formado tigre e assassim...”. Bicho. Homem mais longe... Ou
mais perto, humano? O Hermógenes farejava. Ainda se quis com o Capiroto, tinha “pauta”,
pactário, se dizia. Filho do vento, Hermes na terra a açoitar bananeiras, que
são de todo vento. No aço frio de sua faca sangrava, não importasse qual ordem
de sequência, no vento, porco ou gente. “ – demônio. Sim só isto. Era ele mesmo”.
O
Hermógenes. “Homem sem anjo-da-guarda”. Apoiava-se noutras forças. Sentimento
qual? Rastejar . Cão que fedia, e grande cacunda monstra, nunca que devia de
ter tomado banho. A cara nem o corpo ou o pensamento, pouco disso se via. Um tico de mão, e os olhinhos
miúdos, extremos de ruins, no meio do sujo da cara grande, traidora. Matava a
frio, devassava, sangrava, violava, saqueava, aquilo eram maldades sem juízo algum. A lei
que anima o mal. Mas como parecia, como parecia.
(Olhar rápido para o Hermógenes, que sai da boca de Riobaldo, de Grande sertão: veredas, de JGR).
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