Nosso
primeiro atlas não foi visual.
No ritmo dos
reflexos, primeiro e quase junto,
senti meu
corpo roçar o corpo de minha mãe.
Tantos sons
ouvi, tanto canto, e doce voz,
que, quando
nasci, mesmo de olhos fechados,
sabia quem
era minha mãe. Reconhecia a voz.
Meu primeiro
atlas foi auditivo e táctil.
No ritmo dos
reflexos, nadei sem ver, nem
norte nem
sul: - flutuava àquele som.
Também
ouvindo, por minha pele percebi,
incrédulo, passar
o calor. E ao nascer,
mesmo de
olhos fechados, “vi” minha mãe.
Olá!Boa noite!
ResponderExcluirTudo bem?
gostei de ver o pouco comum...Atlas Visual...Anatomia
penso que daí nasce o apego, para buscar proximidade e contato
com a mãe e o
estabelecimento do senso de segurança. Cabe ressaltar que tanto o auditivo e táctil está
permitindo que a "criança" consiga ter e manter a proximidade...sem necessariamente "ver"...
Obrigado pela visita!
Boa sexta feira!
Abraços
Obrigado, Felisberto, pela visita e bonito comentário. É reflexologia, estrutura que pode descrever o trajeto antropológico da imagem.
ExcluirAbraços.
Gilson.
Belas palavras! O apego, o amor entre mãe e filho é de uma fortaleza quase indescritível, está além da sensibilidade e da visão, é algo que vem com alma!
ResponderExcluirSão belas as suas palabras, Anabela.
ExcluirObrigado pela gentileza da visita e pela sensibilidade do comentário.
Grande abraço.
Gilson.
Olá, Boa tarde!
ResponderExcluirPassei por seu blog, casualmente,e o vi, com olhos de ver.
Quanta sabedoria e afeto!
O poema aqui postado é de elevada sensibilidade.
Mãe há só uma, só uma mesmo.
Escutei o vídeo do "monstro" Dorival, som bem brasileiro e de muita qualidade.
Sou Portuguesa, mas o Brasil sempre foi nossa segunda casa.
Abraços da Luz.
Olá, Luz, boa tarde!
ExcluirUm vento bom a trouxe, certamente. Veja que interessante: soube que você não gosta do mar e foi ele ligou esses dois países fabulosos. Seu comentário é justamente numa postagem que traz Caymmi e sua inesquecível "O Mar". E você tem razão quanto ao "som bem brasileiro". Tom Jobim disse uma vez que, quando pensava em música brasileira, pensava em Dorival Caymmi.
Tenho eu também muito carinho por Portugal e seu povo, sua cultura e seus sonhos de mar.
Abraços, Luz.
Gilson.
Gilson,
ResponderExcluirMuito obrigada pelo comentário que deixou na minha janela.
O poema que escreveu é lindo!:)
Um abraço especial. :)
Ana,
Excluirsou eu quem agradece os belos movimentos de vida que compartilha, com tanta maturidade.
Um abraço especial, então. :-)
Dorival! Amo essa voz, tão nossa não é?
ResponderExcluirSabe que o mar sempre me foi um pouco volta ao ventre, combinou bem a poesia e a música, sensibilidade pura para fazer essa junção, um presente pra mim, posso? Tomei posse, rsss...
Seu espaço está cada dia mais repleto de sua essência, poesia, beleza, sensibilidade, amor...
Se eu me afastar um pouco, corre lá no meu canto e me puxa as orelhas tá, pode parecer bobagem, mas a gente que gosta de blog, de escrever, cultivar amizades por aqui, dar e receber carinho, atenção... Só a gente sab e quanto isso nos dá força quando precisamos, nos alimenta a alma, nos faz sentir que somos queridos, que temos algo a acrescentar neste mundão, onde muitas vezes parece que está tudo perdido!
Beijos no coração amigo...
Viva seu momento lindo, Ana, que você bem o merece. Pode deixar, se for o caso, vou lá e bato à porta, para saber notícias e respirar felicidade.
ExcluirBeijos, Ana. Ótimo final de semana para todos aí.
Gilson.
Tudo tão significativo, dificil se prender
ResponderExcluirsó a poesia...
Amei o título.
A vida às vezes parece um grande quebra-cabeça com várias peças fora do lugar.Quando identificamos a configuração destes elementos dentro de nós e o efeito que eles causam, temos reais condições de promover as correções que julgamos necessárias....(qdo retornamos ao interior...a célula mãe)
Porém....impossivel nao voltar ao primeiro olhar
trocado com minhas crias...tão diferenciados...
mas todos repletos de um amor linear e infinito.
E esta cançao ressuscitou lembranças....
Mais uma vez a água aparece como um símbolo do inconsciente e da memória profunda.
beijo
Se é verdade que há muita coisa nas minhas palavras e na música de Caymmi (não tenho dúvidas quanto à música!), não é menos verdade que há muita coisa também no seu comentário, Margoh.
ExcluirGosto que tenha mencionado a água, fonte de toda a imaginação material, como eu acredito. Do olho sai água salgada, inclusive.
Obrigado, sempre.
Gilson.
Belíssima e expressiva postagem meu caro, a começar por esse magnífico poema culminado com os versos dessa maravilhosa canção de Dorival Caymmi.
ResponderExcluirTenhas um ótimo final de semana.
Abraço e até mais!...
Meu caro J.R. Viviani, quanta honra!!
ExcluirObrigado pela visita e pelo tão simpático comentário.
Abraços e um ótimo final de semana para todos aí, também.
Até mais.
Gilson.
Ciao,
ResponderExcluirbella poesia, trasmette proprio la sensazione di una nascita e di un contatto indissolubile...poi la vita magari ti riserva tutt'altro...ma l'inizio di una vita e il legame con chi ti genera ha la profondità di un abisso...
Le parole della canzone mi sono oscure, ma ho apprezzato i suoni e la personalità che traspare del cantante...
Insomma, con tutte le difficoltà, mi fa in ogni caso piacere questo scambio con te!
Ciao, ciao, Floriana
Cio, Floriana.
ExcluirIo ho fatto una traduzione delle parole della canzone per l'italiano, con l'aiuta di dizionari e Google. Io credo che sia stato peggio per voi :-(
L'intenzione era buona. Felice fin de settimana.
Grazie, Floriana.
Gilson.
Il mare quando gli rompe sulla spiaggia
È bello, è bello
Il mare... Quando un pescatore si spegne,
non si sa mai se torna o soggiorni.
Quante persone hanno perso i loro mariti i loro figli
Nelle onde del mare
Il mare quando gli rompe sulla spiaggia
È bello, è bello
Pietro ha vissuto di pesca
Scendere dalla barca
Sei del pomeriggio
Appena arrivato l'ora del sorgere del sole
Tutti piaciuto Pietro
E più di tutto
Rosie de Francesca
La più simpatica
La più bella
Di tutti le piccole bambine del villaggio
Pietro uscì sulla barca
Sei del pomeriggio
Ha trascorso tutta la notte
Pietro non è venuto al momento del sorgere del sole
Hanno trovato il corpo di Pietro
Giocato sulla spiaggia
Morso da pesci
Nessuna barca con niente
In un angolo lontano del villaggio
Poverina Rosie de Francesca
Che E `statto bella
Ora sembra
Che lei è impazzi
Vive sulla spiaggia
Guardando le onde
A camminare intorno
A dire sommessamente
È morto, è morto, è morto, oh ...
Il mare quando gli rompe sulla spiaggia
El miedo paraliza el alma pero la esperanza abre el corazón. Besicos.
ResponderExcluirBelísimo, Trimbolera.
ExcluirMuy agradecido por la visita y comentario. Entonces, creio fuertemente, que tu corazón no conoce puertas, el tiene las dimensiones del mondo conocido.
Besos.
Gilson.