Por mais de duas décadas faço esta caminhada e caminhei sozinho em meio à multidão esta noite, pelo terceiro ano consecutivo. A ausência dela, no entanto, foi o tempo todo mais significativa que a minha presença. Parecia que era eu o ausente.
Chopo y torre.
Sombra viva
y sombra eterna.
Sombra de verdes voces
y sombra exenta.
Frente a frente piedra y viento,
sombra y piedra.
FEDERICO GARCÍA LORCA,
1925.
Ausentes de nós mesmos mas sempre acompanhados...nunca esqueças isso...
ResponderExcluirUm abeçoado fim de semana
Bj
BShell
BShell, não me esqueço nunca!!
ExcluirObrigado pela visita, que honra muito este humilde espaço.
Uma abençoada semana para si e todos a quem quer bem.
Bj.
Gilson.
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ResponderExcluir.
. 100 mais palavras .
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. curvo.me e saio . rendido .
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. um forte abraço .
.
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Eu não pronunciei nem mesmo uma pelo percurso.
ExcluirTambém não há palavras para dizer da satisfação pela visita tão honrosa, que enche de satisfação este espaço.
Abraço.
Gilson.
Este texto me retorna ao passeio da coruja, ave de hábitos noturnos, que tudo vê do seu refúgio solitário e, quando não pia, é sinal que teremos um bom dia. A coruja não é ave ausente, antes desperta para a noite. Um abraço, Yayá.
ResponderExcluirBela lembrança, Yayá.
ExcluirA coruja é uma criatura muito mal compreendida ou mal interpretada.
Um abraço e boa semana.
Gilson.
Eis-me
ResponderExcluirTendo-me despido de todos os meus mantos
Tendo-me separado de adivinhos mágicos e deuses
Para ficar sozinha ante o silêncio
Ante o silêncio e o esplendor da tua face
Mas tu és de todos os ausentes o ausente
Nem o teu ombro me apoia nem a tua mão me toca
O meu coração desce as escadas do tempo em que não moras
E o teu encontro
São planícies e planícies de silêncio
Escura é a noite
Escura e transparente
Mas o teu rosto está para além do tempo opaco
E eu não habito os jardins do teu silêncio
Porque tu és de todos os ausentes o ausente
Sophia Andresen
Beijo
Margoh,
Excluirvocê me permite acreditar que tem este humilde espaço em alta conta. Anotar aqui neste comentário Sophia Andresen foi demais. Por pouco não me põe a chorar. Obrigado.
Tenho uma colega que estuda no seu doutorado justamente Deus, na obra de Sophia Andresen.
Um grande momento este que você me proporciona viver.
Um abraço e ótima semana.
Gilson.
Buenas tardes Gilson, todo un placer entrar a tú blog y encontrarme nada más y nada menos que a Garcia Lorca, todo un referente en la literatura española. Gracias por compartirlo...
ResponderExcluirSaludos desde Esapaña, Pilar.
Holla, Pilar, gracias por tu siempre honorable vista.
ExcluirMe gusta muchísimo la vinculación de Lorca con la tierra onde nació, Fuente Vaqueros/Granada y las tradicciones del pueblo. La obra de Lorca, a pesar de su erudicción, está direccionada al pueblo (bastaria "La Barraca" para esto, cuando llevada a personas que habitaban sitios rurales, textos clásicos del teatro). Las obras teatrales "Bodas de sangue", "Yerma" y "La casa de Bernarda Alba" son tragedias rurales. Los temas me agradan mucho y me quedo contento que usted tengas gustado.
Gracias.
Saludos desde el interior de Brasil.
Gilson.
Quando o eu e o outro se confundem e a ausência de um é a ausência dos dois, há a Trindade (Santíssima) que nos assinala as pegadas, nos ampara os passos...nos ilumina o caminho.
ResponderExcluirBeijo
Laura
Oi, Laura, obrigado por ter vindo.
ExcluirUm dia, um meu tio me disse que eu tinha muita sorte, pois havia encontrado, praticamente no mesmo, Deus e o Amor. Deus, ele mesmo, e o Amor na figura de minha amada para a vida inteira e que, há um ano e meio, já não compartilho da companhia.
Nós também pensávamos assim, conforme sua visão: havia ela, havia eu e havia um terceiro, formado pelo que éramos nós dois juntos. Esse espírito do sentimento da unidade ainda me anima, de esperança plena e amparo divino.
Beijo, Laura.
Abraços e ótima semana.
Gilson.
Na verdade, a sua alma não estava sozinha... e como disse bem a sua amiga Laura, a Trindade Santíssima esteve o tempo contigo.
ResponderExcluirOlá, Anabela.
ExcluirVocê tem toda razão. Hoje creio que é por isso, apenas, que me mantenho no caminho. Sempre com muita fé e com esperança no reencontro. Assim como pensam os mineiros antigos (e eu sou um deles), ama-se uma única vez na vida. Para sempre.
Sua presença aqui é motivo de uma alegria possível.
Abraços e ótima semana.
Gilson.
Hola Gilson, gracias por compartir las fotos y el poema. ¡Un abrazo!
ResponderExcluirHola, Sonia, gracias por tu visita, siempre un honor.
ExcluirAbrazo!!
Gilson.