domingo, 15 de janeiro de 2012

A Casa

A Casa sde Joâozito está lá, a casa que o abrigou nos primeiros anos de vida.  A estação do  trem, inaugurada quatro anos antes de seu nascimento, também está. A casa preserva sua fisionomia, que era o que me interessava: olhar para o que João viveu, ou tentar me aproximar do "quem" do lugar
 
Não é casa pequena ou acanhada. João dizia que era rico em Cordisburgo. Há espaço, apesar de abrigar na mesma construção a residência da família e o estabelecimento comercial do Seu Florduardo: as três grandes portas que dão para a Rua Padre João, fundador de Cordisburgo, e segue pela subida da travessa, em grande quintal. o antigo depósito no fundo deste quintal hoje abriga o Grupo de Contadores de História Miguilim, guardiões do Museu e da Casa e da Memória do texto.

2 comentários:

  1. Sabe...qdo minha mae faleceu, foi complicado
    agir com naturalidade qdo visitava meu pai,
    a falta das toalhinhas de crochet, do talco na penteadeira, das flores no vaso...depois q ele se foi, nunca mais voltei na cidade...nao consigo.

    minha mãe era tão cheirosa!

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    1. Margoh, sobre esse sonho da casa da infância, do abrigo, dos cantos, dos cheiros, desse espaço de aconchego e repouso e proteção está prenhe o meu texto no texto. É exatamente sobre isso que escrevo. O espaço é, para mim, a forma "a priori" de uma fantástica transcendental que acolhe, uma forma que acolhe o eufemismo, que é o lugar da esperança.

      Você, escrevendo isso, me comove, pois é como se exemplificasse o meu pensamento. Uma coisa digo: esta sua casa que você não consegue "visitar" está dentro de você. Digo mais, para mim ela é mais significativa que a outra, pois resiste viva em você.

      Abraços.
      Gilson.

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