quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Estragos físicos

Dizem que a Natureza responde na medida exata ao tratamento que recebe. Se lhe tomarem algo, ela, vez outra, vai querer de volta o que foi ilicitamente tomado. Os rios sobem e descem, aumentam e diminuem seu de água, estreitam-se ou dilatam-se, espalhando-se há milhões de anos. Precisamos compreender esse movimento natural e jamais, mas jamais, tentar controlá-lo. Prometeu está aí para nos ensinar. As circunstâncias da vida, porém...

No alto da colina, em frente ao abrigo dos romeiros
Não segura o tempo todo
Essas pedras só pararam porque encontraram a parede
O vale, a marca da água está casa
Apenas dois comentários: o primeiro deles é quase um apelo. Que os nossos engenheiros não assinem, não liberam, casas, liberem áreas para edificações em locais de risco. Que eles não assinem trechos de estrada em que não foram garantidas as questões de segurança. O segundo ainda tem a ver com o trabalho dos engenheiros. Todos sabemos da necessidade que temos de produção de energia elétrica, e as barragens dos rios é um caminho que está entre os mais baratos. Minas Gerais abriga cerca de 30 barragens para produção de energia. Essas barragens alteram de forma brutal o "andamento" das águas, mas eles, os técnicos, geralmente engenheiros, têm ou deviam ter o controle sobre esse fluxo dos rios. Na cabeça de leigo, eu, por exemplo, passa o seguinte: por que esperar o rio fulano de tal subir 3 metros para abrir seis comportas? Subiu um metro em tais etais pontos, então abre uma e mantenha o rio com um volume de água dentro de suas condições normais de descida, sem pressionar as cabeceiras. Estou jogando sobre os técnicos que administram as companhias hidrelétricas em Minas Gerais um tanto da responsabilidade pelas enchentes que vêm ocorrendo todos os anos. Mas minha opinião e nada... Talvez os responsáveis sejam mesmo São Pedro e os inconsequentes que constroem suas casas dentro do leito do córrego.

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