Num estalo, acho que veio de uma imagem numa página qualquer da internet, me lembrei das tintas, dos pincéis, de uma caixa de sapatos, onde tinha jogado tudo, antes de me mudar. Revirei tudo até encontrar: estava tudo lá, ou quase. Não tinha suporte de madeira e aqui não tenho espaço de bancada. Fui ao marceneiro porque eu precisava pintar, era isso. Desenhar, gastar tinta.
Seu Antônio fez pra mim uma base em 10 minutos por 10 reais. Voltei e me entreguei nessa tarefa absurda e para a qual não tenho o menor treinamento. Apenas o gosto. O prazer de ver a tinta se misturar, tentar imitar cenas e ver nascer algo surpreendente, atividade que me faz esquecer de fumar. Estão ali, bem umas dez, tinta/pepel/água secando no varal. Algumas vieram pra cá. Ficou parecendo aquarela de cordel.
Foram quase oito horas nisso, apenas com a interrupção para o passeio com a Sombra, inarredável compromisso do qual ela não abre mão, digo, patas em hipótese nenhuma. Que é bom pra mim também (valeria só pela alegria dela).
Depois de bastante tinta jogada fora, voltei aos artigos e cinco páginas saíram do branco. Funcionou.
gostei das pinturas..
ResponderExcluirGracias, mas é pura ansiedade...
ResponderExcluirEu sempre achei que você tem mais que o gosto e o prazer pelas tintas... E acho também que nunca deveria se afastar delas. Beijo pra você. Outro na Sombra.
ResponderExcluirObrigado, Deire.
ResponderExcluirAbraço.