domingo, 1 de abril de 2012

Os quatro primeiros

Era alta noite quando a cachorrada pegou a latir. Riobaldo se demora a levantar, por preguiça "mal corrigida", como era costume seu de juventude. Ao chegar à sala, já ali estavam seis homens diante de seu Padrinho (pai) Selorico Mendes, que conversava com Alarico Totõe. Este e seu irmão, Aluiz Totõe, haviam contratado um bando de jagunços para resolver uma questão de política, como Riobaldo entendeu logo. O grupo precisava de pouso para o resto da noite e o dia, pois viajava só de noite, apagando marcas pelo caminho. Riobaldo divisou os chefes dos jagunços que estavam na sala: quatro. Diante de todos, o principal: ninguém menos que Joca Ramiro. Secundavam-no, eram seus segundos o Ricardão e o Hermógenes (o homem sem anjo-da-guarda). Estava também o Alaripe. Selorico ordenou que Riobaldo os levasse a lugar seguro.

2 comentários:

  1. Gilson,
    Que interessante que deve ser o seu trabalho!
    Gostei muito do comentário e obviamente concordo consigo. Porém, o filme "Breakfast at Tiffany's" levou ao resultado visto.
    Um dos meus problemas é sonhar...
    Gostei do seu raciocínio estruturado e tão bem exemplificado. Grata por mo ter deixado.

    Esta história é um pouco inquietante.
    Abraço! :)

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    1. Ana, quanto me honra com a visita.
      Deixo o "estruturado" por sua conta e risco. O "interessante" também. Então fico com o "inquietante", que soa melhor pra mim. Eu estudo o espaço, mas muito pra lá da mecânica newtoniana do "vai em frente, vire para a direita ou para esquerda e depois sobe". O "meu" espaço tem muitas dimensões, uma delas é o tempo. Eu quero o "espaço vivido", que suspende o tempo, pode voltar e que está na imagem poética, numa nota musical, no mito. Já leu "Forêt de symboles", do Baudelaire? Já pensou no que seriam aqueles "regards familiers"?
      Grande abraço.

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