De minha
cidade submersa,
ainda tenho
todas as ruas,
todas as
casas, todas as árvores.
De minha
cidade submersa,
fantástico universo
de infância,
ainda tenho
todas as conversas.
Minha cidade
submersa
não é um
espaço que o tempo comeu,
feito Cronos
a devorar seus filhos.
Na minha
cidade submersa,
por força da
minha vontade,
– por minha
vontade – Zeus sobreviveu.
Me encanta sua cidade submersa. Beijo.
ResponderExcluirMe agrada que tenha gostado, Carolina. Eu não anoto meus sonhos, mas eu sei que é lá que ela está.
ExcluirObrigado pela visita e comentário.
Fica com Deus.
Gilson.
Gilson, tus poemas son de una gran belleza y un profundo sentido.
ResponderExcluirEstos versos nos conducen a ese paraíso perdido donde habitan, ciudades, historias, vivencias, sueños...sumergidos. Y que pueblan la memoria y la nostalgia.
Abraços. Boa semana
Es muy gererosa, Felicidad. Gracias por su atención a palabras tan simples, venidas de Usted, una autoridad!!. Yo sé que no debia decir "todo", "todas", pero lo digo, una vez que yo lo quiero: no tengo miedo del Tiempo ni de mi inconsciente. Por eso digo "todo": fuerza de mi voluntad de caminar, incluso en las sombras.
ExcluirMuchas gracias, Felicidad.
Abraços. Boa semana pra ti também.
Gilson.
Todos temos a nossa cidade submersa. Muitas vezes, pelo menos a minha, emerge para respirar à revelia de Cronos. Então, sempre que isso acontece, vejo toda uma paisagem - feliz e verde, triste e sombria. Vejo o mar e as ondas ou as folhas a rolarem esparsas. Sinto, e a emoção apodera-se de quem sou.
ResponderExcluirZeus, impávido ou compassivo, permite-me ainda isso.
Gostei de aqui ter chegado!
Beijo
Laura
Muito mais gostei eu, Laura, que aqui tenha chegado. Obrigado por ter vindo, pelo comentário atento e rico. Duas irmãs moram na casa do Espírito. Apenas não aceito que a Razão se proclame a dona da casa, e nem que trate sua irmã, a Imaginação, como louca. Louco é quem continua agindo (e pensando) da mesma forma, mesmo afirmando que "Aonde quer que eu vá, descubro que um poeta esteve lá antes de mim".
ExcluirSeja muito bem-vinda, Laura, a este humilde espaço imaginário.
Abraços.
Gilson.
Sua entrada conduz-me até à “minha cidade submersa” que não deixo que o tempo nem as águas tratem de submergir.
ResponderExcluirum abraço de amizade.
Paula
Que bom que assim é para você também, Paula. Tento pensar numa psicologia das profundezes, não em uma psicologia "gigolô de angústias". Como é que podem querer submergir o que é, por natureza, do fundo? A função fantástica da imaginação consiste, acredito, justamente, nisto: garantir nossa esperança essencial de sobreviver ao tempo.
ExcluirReceba um grande abraço.
Gilson.