terça-feira, 19 de junho de 2012

Escolha os versos


“Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro…”.
 
CLARICE LISPECTOR.



26 comentários:

  1. É por isso que não me desfaço de nenhum dos meus.

    Tenho-os como toda a gente. Mas, se calhar, os que julgo serem defeitos serão para outros qualidades. Assim, por isso, deixo-me ficar tal como sou...

    Beijo

    Laura

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    1. Olá, Laura.
      Penso que tens razão: esse "deixo-me ficar tal como sou", deixa, na verdade, a questão em aberto. Digo isso porque acredito que o ser é ele mesmo mais as suas circuntâncias, que envolvem qualidades, defeitos e opiniões, nossas e dos outros.
      Beijo e obrigado pela visita e comentário.
      Gilson.

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  2. Até os nossos defeitos fazem parte de quem somos, não é?...

    Bjinhos

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    1. Verdade, Cristina. Assim acredito.
      Obrigado pela visita e comentário.
      Abraços.
      Gilson.

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  3. Muchisimas gracias por tu visita a mi humilde blog
    (palabras sueltas)
    Saludos desde España
    Pilar.

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    1. Este mio espacio se siente mejor con tu honorable visita y comentario. Espero que vuelve a menudo.
      Muchisimas gracias por mostrarme un poquito de Fca. Aguirre.
      Saludos.
      Gilson.

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  4. Quem lhe disse que eu era riso sempre e nunca pranto?
    Como se fosse a primavera, não sou tanto.
    No entanto, que espiritual, você me dar uma rosa, de seu rosal principal.

    Chico Buarque


    [esta musica mexe]


    [contem 1 beijo]

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    1. Obrigado pela visita e comentário, Margoh Werneck.
      O mundo vem assim, também, no mexer das palavras e dos sons.
      Abraço.
      Gilson.

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    2. As qualidades e os defeitos são partes dum todo que constitui o Ser
      universal.Como se podem aferir as qualidades se não houver defeitos?Como se podem corrigir os defeitos sem um padrão que defina a qualidade?
      Para mim, desta dualidade defeito/qualidade é que nascem as forças que definem a posição do Homem no Cosmos.
      Abraço. Vitor.

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    3. Olá, Vitor. Obrigado por sua honrosa visita e comentário tão pertinente. Lispector foi uma de nossas escritoras mais complexas e geniais. Muito exigente também, raramente satisfeita com seus textos e até com sua vida, às vezes. Concordo, no entanto, quando você reduz a tendência a parametrizar defeito/qualidade pela dimensão social e lança o dualismo no terreno da existência. Assim me faz lembrar a relação dos gregos antigos com seus deuses. Os deuses gregos tinham formas humanas e tantos defeitos quanto os tinham os homens. Nem por isso eram abalados na sua posição de deuses. Se algum mal assolava os homens o "problema" estava sempre em possíveis falhas nas ações humanas, nunca na dos deuses.
      Obrigado mais uma vez pela gentileza e atenção do comentário, que saiu aqui como "anônimo". Como é primeira vez que contece, deixo a pergunta se era vontade sua.
      Grande abraço, Vitor.
      Gilson.

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    4. Boa noite Gilson! Esclareço-o de que de maneira nenhuma quis o anonimato, contudo também desconheço a razão de ser de tal facto.
      Admito tratar-se de mau processamento da minha parte, pois não sou realmente um especialista em informática e por vezes aplica-se-me um provérbio português que diz:"Quem te manda sapateiro ir para além da chinela?!"
      Peço-lhe desculpa pelo sucedido mas não foi intencional.
      Um abraço do Vitor ( Dante).

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    5. Vitor, meu caro, não tinhas com o que se preocupar. Há tantas coisas com essas máquinas... Fantástico é o provérbio português que de sapateiros, chinelas e fronteiras. Muito bom. Acho que em questões de informática, como na vida, somos todos aprendizes.
      Receba um grande abraço do Gilson, morador aqui no centro do Brasil.

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  5. Todos temos os nossos defeitos e o melhor que há a fazer é melhorar o que está mal (em nós).

    Abraço.
    Paula

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    1. Olá, Paula, quanta honra.
      Este trecho foi extraído de uma carta de Clarice Lispector a sua (dela) irmã. A preocução de Clarice, creio, era a de acalmar a irmã, muito envolvida com a ideia de "corrigir-se" sob alguns aspectos. Lispector lembra então, com este brilhante comentário, que existe a possibilidade de que toda nossa "identidade" (nosso edifício identitário) esteja suportado por um suposto defeito que, uma vez mal interpretado e eliminado, teria, como consequência, eliminar, junto, tudo que julgávamos saber de nós. Ficariam, assim, relatividados (ou colocados sob suspeita) os conceitos de defeito e qualidade, ambos.
      Receba meu abraço de agradecimento pela honrosa visita e a atenção do comentário.
      Gilson.

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  6. discúlpame, no te puedo comentar, no dispongo de tiempo.
    Pero le dejo un beso de ternura.Lo haré en cuento pueda, tengo muchos compromisos en recitales de poesía que me hacen desplazar muchos km.
    un beso
    Sor.Cecilia

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    1. Abrandate en el alma y venga cuando possible. Siempre honorable tu visita y hermoso comentario, todavía lleno de informaciones de trabajo, trabajo... Desplazamiento a conducir poesía!!
      Grande abraço.
      Gilson.

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  7. Gilson, no sabes cuánto admiro a Clarice Lispector. Siento no escribirte en portugués. Pero ya me he propuesto aprenderlo.
    Conocí a Lispector una noche. Paseaba por una calle y me detuve ante una librería. Un desconocido se acercó y me pidió que le recomendara uno de los libros allí expuestos. Le señalé un escritor español. Él, a cambio, me recomendó La pasión según G.H. de Clarice Lispector. Desde ese día no paré de comprar y leer toda la obra de esta escriotra tan inteligente de tu país. Sus cuentos son maravillosos. Es una gran escritora de relatos, sin duda.
    Gracias por traerla a tu espacio.
    Abraços

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    1. Felicidad, buenas!!
      Não sei, mas posso imaginar. Você é extraordinária narradora e não haveria como não reconhecer a grandeza de Clarice. Eu realmente a tenho entre os grandes mais recentes e penso que está à altura de Joyce, Kafka, Faulkner, Borges, Proust, Woolf. Eu acrescento a esse grupo o autor que estudo no mestrado, João Guimarães Rosa. Uma grande diferença existe entre Clarice e Rosa, porém. Clarice já nasceu canônica. Tinha alma ocidental e um tanto alemã, pela razão. Rosa tinha alma oriental e um tanto chinesa, pela emoção.

      Me agradou tanto saber que gosta de Lispector que eu vou revelar um segredo, aliás dois. Eu sou apaixonado por futebol e isso sempre me colocou numa posição difícil diante de tudo que fosse argentino. Compreenda-me: uma rivalidade do esporte impediu-me, durante anos, de ler Jorge Luis Borges. As pessoas me indicavam e eu dizia sempre a mesma coisa: "Sim, pode ser, mas é argentino". Dom Dieguito Maradona não me deixava ler Borges. Um dia, sem saber de quem era o texto, li "Pierre Menard, autor do Quixote", numas folhas fotocopiadas e soltas. Saí a perguntar de quem era "aquilo", muito impressionado que estava. Nunca mais parei de comprar e ler Borges. Este meu "espaço imaginário", que também está inspirado no conto "o disco", lembrou um poema dele em 24 de agosto de 2011, data de seu nascimento. Também o “administrador” deste blogue é um outro “eu” que se chama “Tio Borges” em homenagem também ao gigante autor argentino.

      Muchas gracias, Felicidad.
      Saludos.
      Gilson.

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  8. Hola Gilson.
    Me encantan los comentarios con los que nos hace reflexionar.
    Deberíamos corregir aquellos defectos que nos hieren, que ponen en peligro nuestra estabilidad. Aunque llega un momento en que nuestros pequeños defectos nos definen, que son nuestra forma de ser, siempre podemos mejorar. Al menos deberíamos intentarlo. Incluso algunos defectos puedan acabar siendo una cualidad...
    Un abrazo.

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    1. Holla Conchi Otín, muy honrado estoy con tu visita y comentario.
      Ainda mais honrado ao ver que acompanhas este humilde espaço. Você tem razão em tudo que dizes, assim o creio.
      Gracias, vuelve a menudo.
      Saludos.
      Gilson.

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  9. Ainda cá volto. Lembrei-me que li que dizia-se que os antigos imaginários portugueses punham as estátuas que faziam em altos pedestais, para não lhe serem notados os defeitos, talvez por isso a gente que se acha prestigiosa e cheia de qualidades ainda hoje tenha problemas em mostrar os seus defeitos e, ao contrário, a gente comum não têm, nem nunca tiveram, problema em mostrá-los.
    Não conhecia a história da carta das irmãs, mas conheço a letra e música, pois por cá passam muitas novelas e música brasileira e o nosso ouvido está muito familiarizado com os sons.

    Tenha um excelente dia.

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    1. Paula, que bem que fizeste em voltar. Essa reflexão sobre os altos pedestais é fantástica. Parece-me tratar da mais pura realidade, e a gente fica a se perguntar: quem tem medo da própria sombra? E eu me lembro do velho Jung a dizer: "Minha vida é a história de um inconsciente que se realizou". Numa psicologia profunda a esse ponto, é impossível, e até não desejável, separar defeitos de qualidades, salvo em casos de patologias individuais ou coletivas. Você me fez lembrar que até a invenção do "indivíduo" pela sociedade "moderna", todos os assuntos do povo eram do conhecimento de todos, tudo se resolvendo em grupo, no meio da praça. Havia grupos de pessoas, e não propriamente pessoas. Quero dizer que as pessoas se compreendiam muito mais como pertencentes a determinado grupo social do que propriamente como pessoas. Ainda é assim, por exemplo, na Índia, e em muitos outros lugares.

      Não vou manifestar minha opinião sobre as novelas brasileiras, mas nossa música, assim como a portuguesa, é maravilhosa, e fico contente de saber que você a ouve. Ouço muito Amália e outro dia ouvi uma música antiga chamada "São João Bonito", coisa mais linda.

      Abraço.
      Tenha um excelente dia.
      Gilson.

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  10. A Clarice Lispector tinha o condão de dizer coisas belas.
    Gostei muito da música que não conhecia. Obrigada pela beleza partilhada!:)

    Abraço! :))

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    1. Ana,
      eu, que sim, agradeço pela honrosa visita. Creio que Clarice tratou, o tempo todo, da psicologia das profundezas. Tão bela e dramática quanto pode ser a humanidade.

      Vanessa da Mata é da novíssima geração de nossa música. E já nasceu grande.

      Ana, beleza é o que encontro sempre no "(In)Cultura"!!
      Abraço.
      Gilson.

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  11. Todos somos imperfeitos dentro dessa complexidade que é a existência, gostei. Amei ouvir a Vanessa da Mata:) Um abraço, Yayá.

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  12. Eu também gosto muito da Vanessa.
    Obrigado pela visita, Yayá. Você e seus comentários são sempre muito bem-vindos aqui.
    Grande abraço.
    Gilson.

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