quinta-feira, 15 de março de 2012

Versão Zero

Dona Versão, a Primeira, já recebe críticas a esta altura. Saiu. Eu mesmo a levei até àquela pessoa que irá aplicar-lhe, coitada, os corretivos necessários. Coitada, pois a culpa pelos seus defeitos não é dela, é minha, filha minha que é. Estava que era um esqueleto só, encaveirada e pálida, mas, arre, aaaaaah, que os olhos brilhavam de um vivo assim, ara, ora, se brilhavam. Queriam que querem ser e significar, mostrar aquela pequenina luz, ora, ora, capaz de fazer o mundo. Está, nos entantos, coitada, muito frágil.

Como mudou, que coisa é isso! Quase nenhuma das ideias iniciais aparecem naquele texto... É... Aquele texto... Acadêmico. O texto está endireitado demais, limpo demais, arranjado demais. Eu sei, aprendi com Câmara Cascudo: "Barro também é caranguejo". De qualquer forma, tenho tempo ainda para sujá-lo. Ou melhor, sujá-lo de novo, devolver o barro ao caranguejo, as folhas ao pátio.

Foi.


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