sábado, 20 de agosto de 2011

Sppanóico


Descobri que este “espaço imaginário” funciona de uma forma inusitada. Um dia um amigo comentou que existiria um novo transtorno mental sendo investigado, o SPPA, ou Síndrome Psicótica da Pesquisa em Andamento. Haveria outras manifestações mas um dos sintomas graves desse suposto transtorno seria o seguinte: os pesquisadores em geral, graduandos,  mestrando ou doutorandos, coisas desse tipo, “alugam” tantas pessoas quanto conseguem com um mesmo assunto todo dia, a qualquer hora, ou seja, o objeto de sua pesquisa, que é colocado sob qualquer pretexto no meio de qualquer conversa em andamento, não importa que seja sobre futebol ou criação de galinhas nas cidades.

A minha descoberta (deveriam ser já duas, pois estou a ponto de me declarar um Sppanóico) é que jogo tudo aqui. Vamos lá, ok, quase tudo. Com isso protejo muita gente da minha conversa chata que só interessa a mim mesmo, e me livro de “ficar falando sozinho” (já que escrevo para virtualidades) e, além disso, me livro ainda de levar uns “tabefes”, que, segundo o amigo, é a recomendação médica para tratar o paciente em crise de SPPA.

Imagem: Google images: tela de Ademir Martins.

2 comentários:

  1. Pois é... pelo menos nesse mundão todo, podemos encontrar pessoas que gostam daquilo que a gente não cansa de falar!
    No fim ninguém que lhe dar uns "tabefes", e ainda acha te interessante... rsss


    Beijos no coração

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  2. Ana Roos, Obrigado pela visita e pelo comentário. "Ahora, todo el mundo está en mi interior", dizia Jorge Luis Borges, após ter ficado totalmente cego, ao fim da vida. Imaginas? Uma lição de geografia ou de filosofia, em que o espaço tem outra forma de intimar nossa consciência. Tá vendo? Aconteceu de novo, a mesma coisa sempre... Rsrs.

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