Uma canção em Si.
As imagens se dissolvem umas nas outras
Era noite, quase madrugada, em casa do padrinho pai
Rompante barulho, porta em que se bate
Fora de hora – que mais em se pensar.
Figuras pesadas, representantes de altas honras
Conhecidas, precisadas de descanso,
Comida e abrigo.
– Menino, leva e acompanha esses homens, todos amigos.
Muitas armas, muita gente e cavalos, conversas
Meio exército, meia-noite, altos segredos,
Muita coragem e cansaço.
O menino do destino ia, cumprindo, empírico modo.
Cavalos a se roçarem, cheiros de roupa suja,
Suar dos cavalos e dos arreios de muitas andanças.
Todos quase em festa, quando se ouviu,
Primeira vez a Canção de Siruiz.
Noite na casa de Padrinho Selorico.
A canção será guia do menino do destino,
Até o encontro de Deus com o Diabo,
No redemoinho, no meio da rua...
O menino desmaiado, no alto da Torre.
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