sábado, 28 de dezembro de 2013

Amo tanto...

Não jogo nada no lixo. Guardo coisas de meu avô e de minha avó ainda hoje. Aprendi a comer até o último grão de arroz no prato. Amo muito e tanto que, quando acaba, quero ir junto. Acabar-me com. Salvo tudo que posso, levo tudo pra casa e guardo. Comigo vai. Não sei para o que servirá, sua utililidade é própria de mim. Serve a algo que levo por dentro. Como se não fossem coisas exteriores. Não preciso de outra explicação. Tampinhas de garrafa na infância, selos dos correiros, carimbos, pregos, arames, livros, dores e amores demais. Não jogo nada no lixo.





3 comentários:

  1. Sou assim... Quase um museu ambulante, que para desentulhar o espaço, pensa mil vezes antes de jogar uma coisa fora. Não me desapego, jogo fora, e as lembranças permanecem. rsrsrsrs Agora, com a era digital, fotografo o que não posso guardar por falta de espaço, mas nem tudo é possível... Há lembranças que são eternas e objetos que contam parte da nossa história..

    ResponderExcluir

  2. Ai, Gilson, que lia o teu texto e sorria para mim e para ti! Na noite da Consoada, a minha filha perguntou-me o motivo de eu estar a olhar para uns pratos com uma determinada expressão. Respondi-lhe que estava "a olhar para o antes de ontem". Como não percebesse a minha resposta, tive de lhe contar a estória dos pratos. Só eu a vivi e a revi. Coisas, simples coisas, porque se entrasse pela memória teria havido um dilúvio à mesa da Consoada.

    Um Feliz Ano de 2014, Gilson!

    Obrigada pelo carinho e um Beijinho


    Parabéns por teres chegado ao cimo da escada! :)

    ResponderExcluir
  3. O GILSON!
    RECORDAÇÕES, PRINCIPALMENTE AS QUE NOS TRAZEM FELICIDADES, PODEM SER GUARDADAS, NÃO OCUPAM ESPAÇO EM NOSSAS ALMAS...
    BONIT TEU TEXTO.
    ABRÇS
    http://zilanicelia.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir