Eis a espada, eis a ponte, eis a montanha
sobre a qual se recorta a igreja branca.
Eis o cavalo pela verde encosta.
Eis a soleira, o pátio, e a mesma porta.
E a direção do olhar. E o espaço antigo
para a forma do gesto e do vestido.
E o lugar da esperança. E a fonte. E a sombra.
E a voz que já não fala, e se prolonga.
E eis a névoa que chega, envolve as ruas,
move a ilusão de tempos e figuras.
̶ A névoa que se adensa e vai formando
nublados reinos de saudade e pranto.
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Imagem: Ouro Preto by Morio
Texto: Cecília Meireles no Romanceiro da inconfidência
Essa foto me fez sentir saudades de uma terrinha que fica quase no fundo do meu quintal, embora eu fique tanto tempo sem passar por lá.
ResponderExcluirUm lindo poema, que faz-nos sentir quase lá.
ResponderExcluirIncomparável, Cecília Meireles. A foto é perfeita para acompanhar o poema. Boa semana.
ResponderExcluirBela foto, belo poema.
ResponderExcluirBuenos días querido Gilsón...llevo mucho tiempo sin visitarte no por ello te tengo en olvido.
ResponderExcluirUn bellisimo poema de Meireles, donde se desbordan bellos sentimientos que componen y forman parte del mismo majestuoso paisaje.
Disfruta del verano y sobre todo de su inmensa luz, abrazos inmensos desde la lejana España.
Besos, Pilar