segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Fio






Num fio de linha suspenso,
pairando dentro do ar, o beija-flor ao longe
negro, negro contra este céu azul bonito.

Abismos colossais ignorados
pelo vivente que nem tem notícias da cor:
para o filho do vento tudo é transparência.

Precipícios são vividos com a leveza
do ar, verde – ouro desconhecido – todos.

Num desses abismos
dorme hoje a esperança.

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Imagem: João Clemente: http://olhares.uol.com.br.
Texto: Gilson.


7 comentários:

  1. Não tinha observado esse beija-flor. Conheço os colibris, no entanto. São versos graciosos esses seus. Um abraço, Yayá.

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  2. Adoro este pássaro!

    Boa semana para vocè!

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  3. Não precisa de haver "fio de linha suspenso". Nós próprios estamos suspensos, sem sermos beija-flor, nos fios baloiçantes da vida e do pensamento que ela nos traz.

    Beijo, Gilson.

    Laura

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  4. Belo texto e imagem. Só não podemos deixar a esperança dormir. Ela precisa estar sempre alerta aos nossos sonhas, que também podemos chamar de abismos, pronta para nos resgatar.
    http://anabelanacasadavovo.blogspot.com/2013/09/dona-maria-quitandeira-e-seus-biscoitos.html

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  5. Bom dia Gilson,
    que bonito poema para esse pasarinho tao gracioso e gentil!
    E meu prazer saludarte, um abraco e feliz dia.

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  6. Ola caro Gilson.linda e interessante poesia que entrelaças com a fotografia de tão charmoso beija-flor negro..Gostei demais de tua postagem.Grande abraço.SU

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