O horizonte desaparecia, escurecendo, deixando clara a ilusão da fronteira entre o céu e a terra. No meio daquele ermo e da pesada noite que já
caía, ouvi o pio de um passarozinho muito miúdo, da cor do chão. Era um
sabiá-do-campo e estava pousado num galho seco da sucupira à esquerda da minha
janela. Lembrou-me o João-de-barro, pela cor, mas era outro e sozinho. Não
podia vê-lo como sombra ou aviso, era apenas a necessidade simples da leveza e
da liberdade, o que aquele pássaro me trazia. Por um segundo ou dois trocamos
olhares e ele se foi, para nunca mais, porque todos são iguais.
Foto: Imaginário |
nunca estamos sós....
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=MV8BXmvg398
[contém 1 beijo]
A noite, o sabiá e uma conversa muda.
ResponderExcluirPrisões do tempo e das palavras sugeridas nas asas da liberdade. Talvez isso.
Bom fim de semana.
Beijo
Laura
Pajarillos que nos muestran la esencia de la Libertad por su volatilidad y su ligereza.
ResponderExcluirPrecioso Texto.
Un abrazo.
La naturaleza nos muestra todo su esplendor, siempre que nos paremos un segundo a disfrutar de ella. Me ha encantado Gilsón, gracias por compartir.
ResponderExcluirFeliz fin de semana con todo afecto Pilar.
Belo texto, gostei muito, parabéns!
ResponderExcluirBravo. Bela transcrição de imagens para o papel, coração embarcando a toda prova no sentir o mundo...
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